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Vaza Jato: procuradores ironizaram morte de Marisa e do irmão de Lula; “só queria passear”

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Novos diálogos dos procuradores da Lava Jato revelados pelo site The Intercept, em parceria com o portal UOL, mostram que integrantes da força-tarefa ironizaram a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia. “Estão eliminando as testemunhas…”, disse  o procurador Januário Paludo. Nas mensagens Telegram, eles dizem que Lula “faria uso político” da morte de sua esposa, questionaram a causa da morte de Marisa e criticaram até mesmo a morte de Vavá, alegando sobre Lula que “o safado só queria passear”.

A procuradora Laura Tessler, que foi criticada por Sergio Moro e depois afastada de audiência de Lula, disparou contra uma matéria da Monica Bergamo que relatava a agonia de Marisa com os abusos da Lava Jato, como a condução coercitiva de Lula, e como essa situação havia afetado o quadro de saúde da ex-primeira-dama.

Ridículo…Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula“, afirmou Tessler, ironizando a doença da ex-primeira dama.
Os procuradores também mostram sua frieza em outra entrevista que o ex-presidente Lula concedeu ao El País. “Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Dona Marisa perdeu motivação na vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada“, disse Lula época.
A propósito, sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem. E a segunda morte em sequência“, escreveu o procurador Januário Paludo.
Nos diálogos, os procuradores ainda falam da morte do irmão do ex-presidente Lula, Vavá, e de seu neto Arthur. No caso da morte de Vavá, agiram para que o ex-presidente não fosse ao enterro. No chat, Antônio Carlos Welter diz acreditar que Lula tinha o direito de ir ao enterro do irmão.
“Eu acho que ele tem direito a ir. Mas não tem como.” Januário Paludo responde: “O safado só queria passear e o Welter com pena”. Laura Tessler comentou: “O foco tá em Brumadinho…logo passa…muito mimimi”. “O safado só queira ir passear”, escreveu Paludo.
(…) 
Athayde Ribeiro Costa destacou a repercussão internacional negativa que a proibição traria. “Mas se nao for, vai ser uma gritaria, e um prato cheio para o caso da ONU [Organização das Nações Unidas]”, escreveu. O procurador Orlando Martello afirmou achar “uma temeridade ele sair. Não é um preso comum. Vai acontecer o q aconteceu na prisão” e concluiu: “A militância vai abraçá-lo e não o deixaram voltar. Se houver insistência em trazê-lo de volta, vai dar ruim!!” O procurador Diogo Castor ponderou que “todos presos em regime fechado tem este direito“.
Clique aqui para ver o restante dos prints das conversas e a íntegra da matéria, publicada por Pedro Torres no site da Agência Saiba Mais.   
Imagem: reprodução 

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