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Papa Francisco diz que Lula foi vítima de perseguição e condena golpe contra Dilma

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Por Gabriel Barbosa, em O Cafezinho: Nesta sexta-feira, 31, o papa Francisco declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima de perseguição política e que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi injusto. Em entrevista a rede argentina C5N, Francisco afirmou que “o lawfare abre caminho nos meios de comunicação” e que com isso “deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo”.

www.seuguara.com.br/Papa Francisco/Lula/

“Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. ‘Onde está o crime aqui?’ Mas, sim, parece que sim…’ Assim condenaram Lula”, explicou o papa.

🔴 Para o Papa, presidente Lula foi condenado sem provas e Dilma Rousseff tem mãos limpas

“Sofreu um processo de impeachment injusto”, acrescenta Papa Francisco em entrevista: pic.twitter.com/MWLEeiudOW

— Kallil Oliveira (@kalliloliveira_) April 1, 2023

 

Já sobre Dilma, o pontífice destacou que ela teve o mandato cassado por um “ato administrativo menor” e é “uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente”. A falta de comprovação do crime de responsabilidade contra Dilma levou Francisco a dizer que “às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento”.

O papa também lembrou que “inocentes são condenados” e que “no Brasil, isso aconteceu nos dois casos”, com Lula e Dilma. Por fim, o papa disse que “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta”.

Imagem: reprodução/Foto: Ricardo Stuckert

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[Em matéria pública no Metrópoles sobre o assunto, Maria Eduarda Portela lembra que: “(…) o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou os processos contra o presidente Lula em 2021 por questões técnicas em torno da condução do julgamento pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro pelo ex-juiz da Operação Lava Jato. O atual presidente deixou a cadeia em 8 de novembro de 2019 após 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.”

Sobre Dilma Rousseff, Portela escreveu: “Com grandes discussões no Congresso Nacional, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment em 2016 após ser acusada de “pedaladas fiscais”, um tipo de manobra contábil realizada pelo Executivo para cumprir as metas fiscais.

Em 2022, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou as contas presidenciais de 2014 e 2015, os dois últimos anos de governo Dilma. Para o relator da proposta, Enio Verri (PT-PR), a ex-chefe do Executivo foi afastada do cargo por um “golpe” baseado em falsas alegações.

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[Entenda o que é lawfare, o termo usado pelo papa Francisco para definir os crimes de Moro e Dallagnol contra Lula: “A palavra lawfare, popularizada no Brasil pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, que defenderam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a perseguição imposta pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol durante a Lava Jato, é um termo que se refere ao uso do sistema legal e judiciário para perseguir indivíduos ou grupos com fins políticos, em vez de aplicar a lei de forma justa e imparcial. O termo é uma combinação das palavras “law” (lei) e “warfare” (guerra), e sugere que a lei está sendo usada como uma arma na luta política. (…)”.

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PS: Mais sobre lawfare, aqui e aqui.

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