A atuação da grande mídia corporativa no cenário político do momento, guarda certa semelhança com períodos dramáticos da história política do Brasil. A postura do jornalismo
e o colunismo político da época anterior ao golpe de 1964, é o mesmo dos dias de hoje . É o que afirmou o senador Roberto Requião em discurso na tribuna do senado, nesta nesta terça-feira (25), quando defendeu o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff (veja o vídeo abaixo).
nunca aceitou o modo de atuar de Lula, dando atenção aos mais pobres. “Apenas corações empedrados por privilégios de classe, apenas almas
endurecidas pelos séculos e séculos de mandonismo, de autoritarismo, de
prepotência e de desprezo pelos trabalhadores podem explicar esse
combate contínuo aos programas de inclusão das camadas mais pobres dos
brasileiros ao maravilhoso mundo do consumo de três refeições por dia. A imprensa, disse o senador, age agora
com uma baixeza que não se vê quando os presidentes são de seu agrado.
E não está sendo diferente com a presidente Dilma Rousseff.
– Só um verdadeiro idiota pode considerar Lula imune a defeitos e
erros, mas só outro idiota pode negar o reconhecimento das qualidades
de Lula como presidente do Brasil – afirmou o senador. O discurso de Requião foi noticiado pela Agência Senado, e teve aparte dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Leia a notícia completa aqui.
http://www.youtube.com/embed/EzmFX_WIvJk?rel=0
Em apoio ao ex-presidente Lula, os partidos que compõem a base aliada do Governo (O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB), divulgaram uma Nota através do site do PT nacional. Assinada pelos presidentes nacionais dos referidos partidos, “repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que,
em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada
pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de
invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação”, diz a nota. Individualmente, não se tem notícia que outro senador tenha, na tribuna do plenário, defendido o ex-presidente dos constantes ataques sofridos por ele, advindos de certos setores da chamada grande mídia.
os tempos atuais e o período pré-64, que levou à queda de Jango e ao
início do regime militar e mesmo o período 1954, que levou ao suicídio
de Getúlio Vargas.
pelo menos duas diferenças fundamentais descartando a possibilidade de
um mesmo desfecho: uma economia sob controle e uma presidência exercida
na sua plenitude, sem vácuo de poder. Tirando essas diferenças, a dança é a mesma. A falta de perspectivas da oposição em
assumir o poder, ou em desenvolver um discurso propositivo, leva-a a
explorar caminhos não-eleitorais. Parte-se, então, para duas estratégias de desestabilização – ambas em pacto com a chamada grande mídia”.
julgamento do “mensalão” em si, mas permitir provocações à presidente da
República e a partidos, o STF não cumpre seu papel. Aliás, o STF do pós-golpe foi muito mais democrático do que o atual Supremo”, conclui o jornalista.
470, que deveria ser vista como qualquer outra”. “Não é a primeira vez que isso ocorre em nosso país. O caso
mais clamoroso foi o de Vargas em 1954 — e a analogia procede, apesar da reação
de muitos, que não viveram aqueles dias dramáticos, como este colunista viveu.
Ainda que as versões sobre o atentado contra Lacerda capenguem no charco da
dúvida, a orquestração dos meios de comunicação conservadores, alimentada por
recursos forâneos — como documentos posteriores demonstraram — se concentrou em
culpar o presidente Vargas.
Constate que no julgamento do “mensalão”, há uma sutil conotação política em meio a uma fogueira de egos dos senhores ministros. Isso pode ser verificado ainda ontem, principalmente entre o relator e o revisor do processo. Emparedados que estão por uma pressão flagrante, oriunda mais da própria mídia do que da sociedade em si.
Imagem: reprodução/edufal

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