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Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, foi preso nesta quinta-feira, na cidade de Atibais, no interior de São Paulo. A ação faz parte da “Operação Anjo”, do Ministério Público do Rio de Janeiro, que cumpre medidas cautelares autorizadas pela Justiça fluminense.
As medidas cautelares estão relacionadas ao inquérito que investiga a chamada “rachadinha”, em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveriam parte dos salários ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
Além do mandado de prisão expedido contra Queiroz, o juiz do caso ainda autorizou buscas em uma casa no bairro de Bento Ribeiro, na zona norte da capital fluminense, que consta na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro que foi utilizada como comitê de campanha em 2018.
A casa onde Queiroz foi preso está no nome de Frederick Wassef, que é advogado do senador Flávio, eleito pelo Rio de Janeiro [e
também do presidente Jair Bolsonaro no caso Adélio Bispo]. A Operação foi batizada com o nome de “Operação Anjo”, já que o advogado tem o apelido de “anjo”. Segundo o MP carioca, também foram decretadas medidas cautelares com mandado de busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em juízo e proibição de contato com testemunhas, contra outros suspeitos de participação no esquema de “rachadinha”.
As investigações que desencadeou a “Operação Anjo” de hoje, partiu das movimentações financeiras atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em 2018, em contas bancárias de Flávio Bolsonaro e de 74 funcionários do então deputado estadual. Segundo o Ministério Público do Rio, durante um ano, Queiroz movimentou um montante de R$ 1,2 milhão, um montante incompatível com o salário que recebia na Alerj, na época pouco mais de R$ 20 mil mensais.
Em maio do ano passado, o juiz do caso retirou o sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e vários antigos funcionários da Alerj, incluindo Queiroz, após o ex-assessor não comparecer para prestar depoimento ao MP decorridos vários meses. Ao analisarem as informações, os promotores reforçam as suspeitas de que todos os assessores e demais integrantes do comitê do agora senador tinham que entregar parte dos salários para ele, o que era feito através de Queiroz, o que explicava a alta movimentação na conta bancária e as transferências para o filho do presidente.
Fonte: Agência EFE
Imagem: reprodução/Foto: Sebastião Moreira

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