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Canal: Jornal da Gazeta
volta às ruas a 14 de agosto. Volta por conta de uma denúncia: ao longo dos
últimos 20 anos, num esquema de cartel e corrupção, governos do PSDB em São
Paulo teriam lesado os cofres públicos em R$ 425 milhões.
O esquema teria
sido montado para vencer concorrências na área de metro e trens. Com
envolvimento de políticos e funcionários públicos de governos do PSDB
paulista.
A investigação nasceu da devassa feita, no exterior, em duas
multinacionais do setor: a francesa Alstom e a alemã Siemens. Com confissão de
ex-funcionários, na justiça. Por lá já tem gente demitida e presa.
A Alstom
aponta distribuição de US$ 6,8 milhões para integrantes do tucanato paulista
entre 1998 e 2001. Um ex-funcionário da Siemens revelou: de outro contrato
superfaturado, algo como R$ 46 milhões seguiram para gente do PSDB.
No
Brasil, a denúncia é fruto de acordo feito pela Siemens com o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em troca a multinacional ganha
imunidade.
O uso do futuro do pretérito composto -teria, teriam, seriam- é
uma imposição elementar do jornalismo. Isso são denúncias. Denúncias sobre o que
seria um propinoduto tucano, mas não são fatos já julgados.
Será preciso, via
ministério público e Justiça, investigar e apontar quem é culpado e quem é
inocente. É claro que isso terá desdobramentos na política; o chamado “mensalão”
do PT, por exemplo, está em cartaz há 9 anos.
O que não se deve esperar é o
mesmo empenho, a mesma gana e, principalmente, o mesmo barulho. Cinco mil
dólares na cueca de um petista é algo espetacular. Ir ao banco com carteira de
identidade e receber 20 ou 50 mil de um “por fora” é também espetacular; além de
ser crime, é rudimentar e é hilário enquanto método.
Tudo isso e muito, muito
mais, alimentou o espetáculo do “mensalão”. E o problema é do PT, que se enfiou
nessa porque quis. Mas admitamos: R$ 425 milhões, com multinacionais e
corrupção, é também enredo espetacular. Do PSDB.
A diferença está, estará na
disposição de se ir a fundo nesse “trenzão” tucano. No investigar, noticiar e
reverberar até a punição.
No Brasil tem os escândalos que existem. E tem
escândalos que não se quer que exista. Para estes, reserva-se o estrondoso
silêncio.
A propósito, recordemos o que disse Paulo Vieira de Souza, que
depôs na CPI da Delta/Cachoeira. Em entrevista à Revista Piaui, o ex-diretor do
Dersa paulista escancarou: “Por que a CPI proibiu abrir as contas do eixo
Rio-São Paulo? Porque se abrir, cai o Brasil.”

Sobre o Fundador
Guaraci Primo é o criador e editor do Blog Seu Guara, fundado em 2008. Natural do Paraná, é bacharel em Administração e ex-servidor da Previdência Social e do Banco do Brasil.
Apaixonado por futebol e atento às transformações políticas e sociais do país, criou o blog como um espaço para unir informação, opinião e reflexão, sempre com responsabilidade e respeito ao leitor. Ao longo dos anos, consolidou um projeto reconhecido pela credibilidade, pelo equilíbrio editorial e pela valorização do pensamento crítico.
Guaraci acredita na comunicação como um instrumento democrático e busca oferecer um ambiente livre, acessível e plural, onde todos possam se expressar de forma civilizada e respeitosa,
atua de forma independente na produção de conteúdos sobre futebol e política.
Acredita na informação como instrumento de cidadania e na internet como um espaço democrático para o diálogo, a reflexão e a livre expressão, sempre com respeito e responsabilidade.
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