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As barrigas de 2015, as besteiras que o ódio produz

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A exemplo do jornalista Pedro Zambarda, que publicou um artigo com 20 furadas épicas da imprensa brasileira em 2015, replicado aqui, o blogueiro e também jornalista Fernando Brito responsável pelo Tijolaço, selecionou em um post algumas “barrigas” cometidas pelo jornalismo brasileiro durante o ano que passou.

Barriga“, no jargão jornalístico significa uma matéria com informações falsas ou erradas.

Brito, que além de tudo acredita serem besteiras carregadas de ódio, foi buscá-las em uma página no tumblr, denominada Barrigas 2015. E acrescentou uma “obra de arte de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo. 
Particularmente tenho leve desconfiança com as tais “barrigas”. Acho que, maquiadas de sutilezas, são deliberadamente publicadas com o intuito de confundir incautos e jogá-los no labirinto da confusão, do erro e da desinformação. Quando o cidadão se dá por conta que que está diante de um embuste, é tarde demais. A “barriga” já provocou fumaça suficiente para disfarçar seu obscuro objetivo. A mais indefectível forma de fazer política sem ser contestado, como se fosse um partido político legítimo dentre tantos que existem no Brasil. 
No fundo, uma covardia.     

Confira a íntegra da matéria:

As barrigas de 2015, as besteiras que o ódio produz

Por Fernando Brito, em seu blog

“Cheio de problemas, acabei quase não postando durante o dia e, para não me
demorar mais, me redimo com obra alheia, retirada do engraçadíssimo Barrigas 2015.

A elas, por minha conta, acrescento a obra de arte de Lauro Jardim, que estreou em O Globo com um “mico”
antológico: a denúncia do delator sobre as “contas do filho do Lula” que  não
foram  mencionas  hora alguma pelo sujeito e que, com todo o “desmerecimento”,
vai ilustrando o post, como hors concours.

Barriga, para quem não conhece o jargão jornalístico, é notícia falsa,
errada, grosseiramente errada, absurda.

Todo jornalista está sujeito a ela, sobretudo em duas situações: ou quando
apura mal, não checa e não pensa por descuido. Ou quando faz tudo isso movido
pelo ódio.

No caso da mídia brasileira, porém a segunda hipótese tornou-se
patológica.

É isso dá ares trágicos a esta comédia de erros

1 – Falando grego com o PT

Em julho de 2015 o jornalista Carlos Sardenberg da Globo/CBN vira piada na
internet após atribuir a crise da Grécia ao PT. Segundo o brilhante
comentarista, em 2012, Dilma e Lula teriam convencido o primeiro-ministro grego
Alexis Tsipras a adotar o programa anti-austeridade que causou toda a confusão.
(não apenas a crise precede o governo de Tsipras, como sua posição já era
conhecida muito antes de 2012… é cada uma!)



2 – A queda dos que não caíram

Em junho a Revista Época publicou mais uma de suas “bombas” de 2015. E até
hoje estamos esperando: Marcelo Odebrecht não delatou. A República não caiu. A
história das celas ficou na ficção.



3 – Cunha, Cuba e a bunda errada

O ano está quase acabando… Mas não para o experiente Lauro Jardim, que
consegue cavar uma nova barriga entre o natal e o ano novo. Será que ainda dá
tempo para mais uma?



4 – Podemos tirar, se achar melhor 

2015 não ficaria completo sem o “Podemos tirar, se achar melhor” da Reuters
(reproduzido pelo Globo) que oferecia remover do texto a informação de que o
pagamento de propinas havia começado no governo FHC.

5 – O Cunha mereeeeeece respeito

Em março de 2015 a Veja fazia matéria de capa exaltando Eduardo Cunha.
Apesar dos “pequenos deslizes do passado”, para a Veja, há esperança em
Cunha.



6 – O jurisconsulto Merval 



Merval confunde desejo com realidade e transforma profecia em barrigada: o
voto de Fachin acabou sendo reprovado quase que por unanimidade.

7 – Reinaldo Azevedo e o amor a Cunha

Em maio de 2015, Azevedo “aplaudia” Cunha.


8 – Como é mentira em latim?



Folha inventa manchete: em nenhum momento a #CartaDoTemer fala de “mentir”
ou “mentiras”.



9 – Era brincadeirinha…

A revista Veja admite que inventou a matéria sobre a festa do sobrinho do
Lula. Internautas sugeriram mudar o nome da coluna de “erramos
para “mentimos”.





10 – O desinfográfico da Globonews

Na matemática peculiar da GloboNews parece que 4,7% é maior do que
5,7



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