A Proposta de Emenda Constitucional 241 proposta pelo governo interino de Michel Temer, já aprovada em segundo turno na Câmara dos deputados e encaminhada ao Senado, limita gastos do governo com educação e saúde por 20 anos corrigida pela inflação do ano anterior. Ao longo do tempo, a PEC 241 penaliza a grande maioria da população dependente da saúde pública e dos programas sociais de educação, que é um dever do Estado e um direito de qualquer cidadão.
Ana Júlia não se intimidou diante da ameaça do presidente da Casa em suspender a sessão durante seu pronunciamento. Pediu desculpas, por uma possível ofensa aos parlamentares e seguiu com seu discurso. Criticou o projeto da chamada “Escola sem partido” e a campanha de desmoralização e ofensas contra os estudantes nas ocupações das escolas.
Afirmou que o movimento ´dos estudantes é sério e apartidário e não admite manipulação de forma alguma. “Nossa bandeira é a educação”, disse ela. O discurso do jovem estudante, diante dos olhares perplexos dos deputados foi de extrema coragem. Ana Júlia com sua espontaneidade e determinação, deu um grande exemplo de cidadania e patriotismo. Mexeu com brio e o sentimento de honestidade deputados paranaenses.
Nada mais. Ana Júlia estará num futuro bem próximo entre àqueles inúmeros cidadãos e cidadãs brasileiros conscientes do valor da democracia, na luta pelo bem estar geral da nação brasileira.
Vídeo imperdível de uma estudante secundarista: uma lição de cidadania
Por Tarso Cabral Violin, no seu blog

Na Assembleia Legislativa, estudantes defendem legitimidade das ocupações.
A convite do deputado Tadeu Veneri (PT), estudantes secundaristas participaram ontem (26) da sessão plenária da Assembleia Legislativa para defender a legitimidade das ocupações nos colégios estaduais contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer na Medida Provisória 746.
Ana Júlia Pires Ribeiro, do Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, criticou a campanha de desmoralização e ofensas contra os estudantes das ocupações. Ela disse que é um “insulto” afirmar que os alunos são doutrinados politicamente. “Sabemos pelo que estamos lutando. Nossa única bandeira é a educação. Somos um movimento apartidário, de estudantes para estudantes. Estamos ocupando pela educação. Não estamos ocupando para fazer baderna, para fazer brincadeira”.
A adolescente de 16 anos defendeu que a reforma no ensino médio seja amplamente debatida pela sociedade, e não através de MP. “A gente sabe que o país precisa de uma reforma no ensino médio, e no sistema de educação como um todo. Mas uma reforma que tenha sido debatida, feita pelos profissionais da educação, com conversa, em que todos estejam de acordo. Se colocamos esta reforma da MP 746 em prática, estaremos fadados ao fracasso”.
Aluna do Colégio Estadual Santa Felicidade, Nicoly Moreira do Nascimento, de 15 anos, ressaltou que os estudantes das ocupações estão lutando contra o retrocesso e o desmonte no ensino público. “Estamos lutando por algo que já deveria ser nosso por direito, para que não haja retrocesso no ensino público. Estamos defendendo educação de qualidade, que forme uma geração de críticos, de pensadores, e não apenas números”.
Veneri reiterou o apoio aos estudantes das ocupações que estão lutando por um ensino melhor. “As meninas estão de parabéns, falam com a emoção de quem está vivendo o movimento. A escola é transitória, mas o que os estudantes aprendem é permanente. E as ocupações mostram que, a despeito de muitas críticas, eles estão aprendendo sobre cidadania”.
Líder da oposição, Requião Filho (PMDB) parabenizou as adolescentes pela iniciativa. “Que aula! Que orgulho dessas meninas que se mostraram conhecedoras do tema e da realidade. Se depender delas, o Brasil tem um futuro promissor, apesar dos políticos que hoje comandam o nosso estado e nosso país. Devemos ter orgulho do movimento Ocupa Paraná, que está formando cidadãos de senso crítico”.
O parlamentar falou ainda que a violência nas escolas do Paraná não é novidade e mencionou diversas ocorrências e homicídios nos últimos anos por falta de segurança e atenção do governo Richa. “A violência é uma realidade. Ver o governo estadual, que acabou com o projeto Patrulha Escolar, dizer que a violência nos colégios é fruto das ocupações chega a ser risível. A violência nos colégios é fruto do abandono da educação pelo atual governo”.
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Guaraci Primo é o criador e editor do Blog Seu Guara, fundado em 2008. Natural do Paraná, é bacharel em Administração e ex-servidor da Previdência Social e do Banco do Brasil.
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