Trabalhei algum muito tempo com dinheiro. Literalmente. Até compunha notas em milheiros. Não que tenha deixado de pensar nisso ou não tenha que até hoje, de adminstrar meus parcos reais. Dentre outras funções embutidas no cargo, era comum atuar como consultor sentimental financeiro. Quero dizer, tinha sempre algum cliente de pequeno porte me perguntando – O que eu faço com esse dinheiro? O que está rendendo mais? E entre a consciência do cumprimento das metas e a satisfação do cliente era obrigado a apresentar algumas opções de investimento, ou oferecer outras modalidades de aplicação. Dentre a diversificada prateleira de produtos do mercado financeiro, a negociação ficava mesmo entre a Poupança, CDB/RDB, Renda fixa e títulos de capitalização.
Nossa proposta aqui, no entanto é falar um pouco sobre poupança e capitalização, considerando o ponto de vista do cliente. Ou seja, de quem dispõe de certa quantia para investir ou aplicar. Pois bem, como se diz comumente, e já falava Dona Leonor*, “uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa”. Enquanto que a poupança, permite uma certa flexibilidade quanto a valores e vantagens, um título de capitalização possui características próprias e exclusivas só desse produto. Enquanto a poupança tem isenção de impostos, e rendimentos garantidos pelo governo (discute-se atualmente sobre a tribução a partir de 50 mil), o título de capitalização não oferece rendimento e sim uma correção através da taxa referencil (TR) que corrige a poupança, sem pagamento de renda real (juros 6%) , como é na poupança. Exelente negócio para os Bancos. O único diferencial atrativo para o cliente seriam os sorteios em dinheiro (conforme o plano), que ele oferece. Importante notar a diversidade de planos existentes que variam de Banco pra Banco, no que se refere a valor da mensalidade a ser aplicada, ao tempo de aplicação (36, 48, 50 meses), o sorteio dos planos, a carência para resgate, e o montante a ser resgatado. Este produto financeiro que é um filão para o sistema bancário, nada tem a ver com um investimento que resulte em ganho real. O que atrai as pessoas para esse produto é a possibilidade de ser comtemplada com uma “bolada”. O que convenhamos depende de muita sorte, e da disposição da pessoa em simplesmente arriscar.
Diferentemente a poupança tende a criar o saudável hábito de economizar para investir no futuro, à curto prazo. Melhor opção para que não quer ser surpreendido por uma situação de emergência. Poupar um pouco todo mês, na minha opinião é algo tão importante que teria que fazer parte da educação das pessoas. Mais do que isso, deveria ser uma prática definitiva na cultura financeira de cada família, assim como é o hábito de reservar quantia para despesas primárias como, luz, água, gás, telefone, transporte. Evidentemente, que se você dispõe de uma quantia razoável, passa de poupador a investidor. Nesse caso verá que “aprender a investir pode fazer a diferença” na hora de especular arriscando perder, ou fazer suas economias renderem. É preciso ter em mente atitudes corretas. Como estas enumeradas por Leandro Martins, em artigo para o Dinheirama:
“1 – Saiba quanto é sua receita e quanto é sua despesa – monte e atualize sua planilha;
2 – Interprete seus gastos anualmente. Não desconsidere os pequenos valores;
3 – Não compre por impulso ou como terapia contra depressão;
4 – Escolha os melhores momentos (exemplo: viaje em baixa temporada, decore sua casa nas promoções);
5 – Analise seus gastos e verifique se pode viver sem alguns deles – ou pelo menos reduzi-los;
6 – Sempre pesquise o melhor preço, prefira o pagamento a vista e negocie bons descontos;
7 – O limite do seu cartão ou do cheque especial não faz parte de sua renda, não os utilize;
8 – Esteja preparado para despesas extras ou emergênciais;
9 – Tenha metas de investimento e as acompanhe periodicamente;
10 – Comece hoje a poupar, e não “só no mês que vem”. Utilize os juros compostos a seu favor.”
*Siga as recomendações de Dona Leonor: “Nunca dê o passo maior que a perna”.
Guaraci Celso Primo é do Paraná, Sul do Brasil.
Bacharel em Administração. Ex-servidor da Previdência e ex-Banco do Brasil.
Com o propósito simples — mas essencial — de ser útil de alguma forma, Guaraci Primo apresenta neste espaço um reflexo de seus interesses e experiências. Seus gostos por literatura, cinema, futebol, humor e política, o tornaram um redator ao longo dos anos e através de suas postagens, você encontrará um mix equilibrado de opinião, informação e entretenimento, sempre ilustrado com imagens e vídeos de qualidade.
Guaraci acredita que autoaperfeiçoamento, força de vontade e motivação são pilares fundamentais para o sucesso pessoal e coletivo.
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Guaraci Primo.
Sobre o Fundador
Guaraci Primo é o criador e editor do Blog Seu Guara. Apaixonado por futebol e atento às transformações políticas e sociais do país, Guaraci iniciou o projeto em 2008 como uma forma de unir duas de suas grandes paixões: o esporte e o jornalismo.
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