O artigo publicado hoje (13), pelo jornalista e escritor Juremir Machado da Silva em seu blog, com o título que empresto para este post, nos leva a refletir sobre o quanto é importante para o sistema político brasileiro delimitar, ou até mesmo por fim às doações de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais. De quanto é pernicioso este elo criado entre o poder público e o privado contra a sociedade em geral e à própria democracia.
Quanto custa para um parlamentar ser eleito? Quem banca as monumentais despesas de uma campanha? Para quem o deputado eleito irá trabalhar prioritariamente, para o povo ou para quem investiu na sua candidatura?
O texto também nos leva a pensar o quanto o Brasil precisa urgentemente de uma reforma política ampla, que mude esta realidade perversa para o país.
A partir da divulgação da lista de pessoas envolvidas no absurdo escândalo de corrupção instalado na Petrobras, podemos observar que existia, ou existe, um conluio criminoso entre as maiores empreiteiras do Brasil e políticos de vários partidos para sangrar a estatal. No rol das pessoas a serem investigadas, a partir da abertura de inquérito, a procuradoria-geral da República incluiu, nada mais nada menos que as duas personalidades mais importantes do do Poder Legislativo. Ambos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, enquadrados pela PGR como suspeitos de corrupção, negaram participação no esquema.
Calheiros e Cunha já tentam desviar o foco e colocar o Poder Executivo na roda. O presidente do Senado, recentemente devolveu Medida Provisória enviada pela presidente, sobre ajustes ficais para recompor a economia do país. O presidente da Câmara, ovacionado por seus pares e também por governistas ao depor na CPI que investigará os parlamentares citados, já tinha dito que a lista do procurador-geral da República é uma “piada”. E o elege agora como primeiro alvo, na tentativa de se livrar das acusações.
Para Eduardo Cunha, o procurador-geral Rodrigo Janot “pinçou criteriosamente” os nomes da lista a partir das delações premiadas dos presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Delações que mencionavam os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, disse ele na CPI, citando inclusive o nome da senadora Gleisi Hoffmann (PT), e curiosamente esquecendo o nome do senador Aécio Neves, candidato derrotado nas eleições para presidente da República.
Diante desse quadro, fica clarividente que o objetivo é imputar à alguém a culpa por toda a corrupção que existe no país. Precisamos urgente eleger um culpado, tirar o nosso da reta, e aplacar o ódio de quem não votou para a reeleição do atual governo, pensam os opositores. Como disse Juremir na matéria, “o jogo da oposição é simples: derrubar o PT. O resto não interessa. O que não significa dizer que no Partido do atual governo não existam culpados. Mas, não é muito difícil achar corruptos ou corrupção na maioria dos partidos políticos. Protagonistas de uma peça teatral em que se transformará a CPI da Petrobras, que se encontra ainda no início do primeiro ato.
“Jamais encontrei alguém – especialista ou protagonista – para explicar de maneira convincente o mistério mais transparente do mundo: por que, na obtenção de um emprego, se gasta mais do que se receberá como remuneração? Para conquistar o cargo de deputado federal é preciso, em tese, investir mais do que se chegará a ganhar legalmente. Qual a lógica disso? A resposta cínica é simples: porque alguém paga a conta. Por exemplo, as empreiteiras. Por que pagam? Porque querem e levam algo em troca. Se for assim, o fundamento da coisa está podre desde sempre. É aceitável que seja essa a base?” – este é o parágrafo inicial da referida matéria. Leia aqui o artigo completo.
(com informações do correiodopovo
Imagem: reprodução/créditos da foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados
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