Em entrevista a Rádio CBN, a coordenadora da ONG Ação Educativa, responsável pedagógica pela edição da obra, destacou importantes aspectos a serem considerados quanto a interpretação do seu conteúdo.
Vera Masagão Riberiro, doutora em educação, colocou-se à disposição da imprensa para promover um debate mais qualificado acerca de toda a celeuma criada em torno de frases pinçadas naquele capítulo do livro.
Diz o ditado popular que “não se pode julgar um livro pela capa”. Não se pode previamente emitir uma opinião fiel de um livro tendo lido somente suas “orelhas”, nem tão pouco lendo um só capítulo. E muito menos uma só página deste. O que podemos verificar é que existiram milhares de comentários, opiniões, entrevistas, e reportagens feitas apressadamente, sem a devida reflexão. Pontos importantes sobre o livro deixaram de ser observados, como por exemplo a sua destinação, que seria à EJA – Educação de Jovens e Adultos , e não exclusivamente à Escolas do ensino Fundamental. Um detalhe não mencionado pelas reportagens nos diversos canais de TV.
Como no próprio título do capítulo diz – Escrever é diferente de falar – a proposição dos autores neste caso específico, seria apresentar as diferenças entre norma culta e as variantes populares do idioma (normas incultas).
Falando do assunto o professor, Sírio Possenti, do Departamento de Línguistica da Unicamp, em artigo para o Terra Magazine comentou a maneira com que algumas pessoas se manifestaram, inclusive dois dos mais renomados repórteres de TV: Alexandre Garcia começou um comentário irado sobre o livro em questão assim, no Bom Dia Brasil: “quando eu TAVA na escola…”. Uma carta de leitor que criticava a forma “os livro” dizia “ensinam os alunos DE que se pode falar errado”. Uma professora entrevistada que criticou a doutrina do livro disse “a língua é ONDE nos une” e Monforte perguntou “Onde FICA as leis de concordância?”. Ou seja: eles abonaram a tese do livro que estavam criticando. Só que, provavelmente, acham que falam certinho! Não se dão conta do que acontece com a língua DELES mesmos!
O que não se pode admitir é que uma questão tão séria como é a Educação, vire apenas um simples embate político. O que realmente importa, é promover com muita seriedade um debate público para liquidar esta questão, por consequência valorizar a democratização do ensino. O que observamos, nesta polêmica toda, foram declarações ofensivas aos profissionais que batalham para que o Brasil atinja o nível de qualidade que tanto almejamos para o ensino escolar. Assim, não chegaremos a lugar nenhum!
Para melhor compreender a situação, acesse o Site da ONG Ação Executiva e confira o Dossiê com todas as notas oficiais, inclusive de outras Organizações, e especialistas em Educação.
Acesse o capítulo do livro na íntegra.
Imagem: revistaescola.

Guaraci Celso Primo é do Paraná, Sul do Brasil.
Bacharel em Administração. Ex-servidor da Previdência e ex-Banco do Brasil.
Com o propósito simples — mas essencial — de ser útil de alguma forma, Guaraci Primo apresenta neste espaço um reflexo de seus interesses e experiências. Seus gostos por literatura, cinema, futebol, humor e política, o tornaram um redator ao longo dos anos e através de suas postagens, você encontrará um mix equilibrado de opinião, informação e entretenimento, sempre ilustrado com imagens e vídeos de qualidade.
Guaraci acredita que autoaperfeiçoamento, força de vontade e motivação são pilares fundamentais para o sucesso pessoal e coletivo.
Ele também vê a web como um extraordinário instrumento democrático para a divulgação de ideias, conhecimento e reflexão.
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