O Procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou em entrevista ao grupo Prerrogativas que a operação Lava Jato é uma ‘caixa de segredos’ e que o volume de dados armazenados pela força-tarefa é gigantesco. Aras disse ainda, que 50 mil documentos estão “invisíveis à corregedoria-geral” do Ministério Público Federal (MPF).
No entanto, o PGR não disse quem estaria ocultando os documentos. Segundo a reportagem de Marcelo Oliveira do portal Uol, “Aras também criticou a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo Segundo ele, a equipe paulista contruiu “uma metodologia de distribuição [de processos] personalizada em que os membros escolhem os processos que querem”.
A matéria destaca ainda que “pela constituição brasileira, o Procurador-Geral da República é o detentor da atribuição de denunciar criminalmente o presidente da República. Perguntado pelo criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, se Aras seria favorável a uma mudança na lei para que, na ausência ou impossibilidade de o PGR oferecer denúncia contra o presidente, um conselho de três ou cinco subprocuradores analisassem a possibilidade, Aras foi taxativo. Segundo o PGR, essa possibilidade não existe.”
Informações de uma outra reportagem do mesmo autor, a postura do procurador-geral da República, Augusto Aras, na entrevista ao vivo, “se não chegou a aproximar grupos contrários no MPF (Ministério Público Federal), conseguiu uni-los nas críticas a ele”. “Ouvidos pelo Uol, procuradores que defendem e que são contra a Operação Lava Jato, do topo ou do início da carreira, de direita e de esquerda no espectro político não têm dúvida que a entrevista foi contrária aos interesses da instituição, que Aras disse na live querer unir”.
“Vergonha”, “inadequada” e desprezível foram alguns adjetivos usados por procuradores para definir o que acharam da entrevista e da postura do procurador-geral, diz a matéria. E segue dizendo, “aras, em sua entrevista, demonstrou que quer um MPF sob comando central: “Independência funcional é coisa de anarcossindicalista. Isso tem que ser revisto. Há hierarquia, tanto que o PGR é que defere férias”, afirmou.
“Isso não é sobre as FTs [forças-tarefa]. É um desmonte do modelo institucional do MP de 1988”, disse um jovem procurador que integra uma força-tarefa e também transita bem entre as duas áreas antagônicas do MPF.
Outro colunista do Uol, Leonardo Sakamoto, escreveu: “Em meio a um discurso crítico à Operação Lava Jato, augusto Aras está em campanha para centralizar poder na Procuradoria-Geral da República e reduzir a independência do Ministério Público. A avaliação foi unânime entre procuradores e subprocuradores-gerais da República e procuradores de MPs estaduais ouvidos pela coluna após a entrevista concedida por ele, na noite desta terça (28), aos grupo de advogados Prerrogativas”.
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